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05 Ideias que poderão tornar o seu projeto sustentável financeiramente


Pensar em ideias de sustentabilidade para os seus projetos é fundamental para a continuidade da ação. No entanto, muitos empreendedores culturais e sociais não fazem ideia por onde começar e da sua necessidade. Não se preocupe, estamos aqui para elucidar essa importantíssima etapa que faz parte da gestão do seu projeto.

Antes de iniciarmos, pense bem sobre o que é o seu projeto, certamente haverá limitações que o impedirão de realizar ações “maiores” e isso é completamente normal, ainda assim, você precisa desenvolver iniciativas que tornem o seu projeto o mais independente possível do financiamento público (seja ele municipal, estadual, federal e até privado), por que um dia, eles podem lhe faltar.

Sus-ten-ta-bi-li-da-de

A ideia de sustentabilidade foi há anos atrelada às indústrias, com o objetivo de conscientizá-las por uma maior responsabilidade ambiental, principalmente em áreas de proteção e conservação de fauna e flora, e social, em regiões onde vivem a margem de comunidades vizinhas às suas unidades.

Mas quando falamos em sustentabilidade em projetos culturais e sociais, estamos nos referindo diretamente à sua continuidade, cuidado e conservação. Ou seja, haverá dinheiro para a manutenção da equipe, estrutura e materiais para que o seu público possa usufruir da ação gerada pelo projeto?

Que tipo de projeto é o seu?

É preciso compreender a mecânica de cada ação envolvida no seu projeto. Por exemplo, uma ação de natureza social requer continuidade em um período maior de tempo, por tanto exige-se uma maior complexidade para mantê-la, dessa forma, a sustentabilidade deve focar nos recursos chave para a manutenção da atividade.

Projetos de curta duração, como ações artísticas e culturais, como festivais, exposições e mostras podem encontrar nos outros períodos do ano, ações que poderão contribuir com a continuidade do projeto (salvo Centros Culturais). Por exemplo, um festival de música nordestina, que acontece em apenas 03 dias de cada ano, poderá realizar outras atividades com fins lucrativos para que possa ser viabilizado na próxima temporada, utilizando-se no negócio principal gerado pela ação, sem a necessidade de financiamento público, ou seja, sem a necessidade de ser agraciado por algum edital, por exemplo.

Não é fácil e nem precisamos avisar que dá trabalho, né? Por isso, pense, planeje e execute agora!

1) Produtos exclusivos

Essa é sem dúvidas a maneira mais utilizada para gerar renda através do seu projeto. Ao criar produtos originais como camisetas, copos, quadros, chaveiros, entre outros, cria-se uma conexão direta com o seu público de interesse, especialmente se a experiência promovida pela sua ação tiver um impacto positivo na vida das pessoas atendidas por ela, em outras palavras, uma identificação foi gerada.

Não subestime esse tipo de ação, parece clichê, mas é um gerador de resultados a ser considerado por você. Mas lembre-se: não o faça por fazer, se você decidir criar uma loja virtual, uma loja itinerante e ou qualquer outra ação, estruture tudo com ideias a longo prazo e com objetivos claros. Aliás, os negócios sociais são tendência nos dias atuais, busque por inspirações e aplique no seu projeto.

2) Cursos, oficinas e workshop

Iniciativas de multiplicação de conhecimentos sempre são buscadas por pessoas que anseiam aprender novas atividades, sejam elas, práticas ou teóricas. Imagine que o seu projeto cultural, durante o hiato entre o período de produção financiado, oferece oficinas voltadas ao objetivo principal da ação, como por exemplo, aulas de produção audiovisual, musical, de dança, artesanato, artes cênicas e visuais, história, literatura entre outros.

Pense na natureza do seu projeto e no seu potencial de expansão de marca (sim, estamos falando de mercado). Imagine no quanto isso facilitará o seu caminho, inclusive, no momento em que deverá captar recursos. Se você inserir o seu projeto no período de hiato da ação, ele não existirá somente naqueles 03 dias de evento e sim, durante todo o ano e na cabeça de mais pessoas.

3) Consultorias

Conforme dito acima, muitas pessoas buscam por novos conhecimentos, especialmente por aqueles realmente transformadores. Se você tiver um conhecimento específico em determinada área, poderá rentabilizá-lo.

Se você é um especialista em gerir projetos, pessoas, ações, criar planejamento estratégico, marketing e design, entre outros, poderá ofertá-los no momento em que o seu projeto estiver em hiato. Se você tiver algum Know How em determinada área, não hesite em oferecer consultoria técnica para outros profissionais que demonstram interesse nelas.

Isso terá uma variável a se considerar: a sua experiência e capacidade de mostrar às pessoas que você realmente “manja” do que está oferecendo. Dessa forma, você poderá obter recursos para o seu projeto e consequentemente para você. Lembre-se, busque por personificar mais o seu projeto. Apresente-se.

4) Pocket Shows

As pequenas apresentações são realizadas especialmente pelos músicos e atores de teatro. A maior dificuldade nessa ação é justamente encontrar locais adequados e cachês que possam sustentar o projeto e o profissional. Os Pocket Shows tem um poder que a maioria dos grandes projetos não tem: a identificação direta com o artista.

Diferente de ações complexas, que podem soar “institucionais” demais, quando o artista (indivíduo), se apresenta à sua audiência, tem maior potencial de conexão com o seu público.

Organizações sociais também poderão se beneficiar de pequenas apresentações ao fazer parcerias com artistas locais, especialmente se ação promover a geração de renda através da comercialização de ingressos a preços populares, stands com produtos exclusivos, mesas de doces, frios e lanchonetes.

5) Cafés, almoços, jantares e bares

Uma das práticas mais tradicionais de geração de renda são os famosas “Noite de alguma coisa”. E ela continuam relevante, especialmente em projetos sociais que utilizam os seus espaços para a realização da desse tipo de atividade. Em se tratando de projetos culturais, muitos empreendedores investem nos bares como estratégia, atrelados a ação principal. Seja qual for a sua opção, ambas têm grande potencial de retorno financeiro ao projeto.

Conclusão

As ideias acima precisam fazer parte de um (estruturado) Plano de Sustentabilidade, que poderá ter como base o 5W2H. Um projeto é uma ação dividida em começo, meio e fim, mas não é dessa forma que você deverá encará-lo, especialmente quando tem o objetivo de empreender por muitos anos e desenvolver a sua ação, independente do foco cultural ou social.

No post, focamos na parte financeira da sustentabilidade, que passa também por recursos materiais e humanos, e sabemos que eles "abocanham" boa parte dos investimentos em projetos.

Talvez uma ação de mobilização de redes e voluntariado possa gerar impacto econômico direto e favorável ao seu projeto. No entanto, observe o momento certo de se utilizar esse tipo de ação para evitar dores de cabeças futuras. O barato sai quero, não é mesmo?

Em caso de dúvidas, utilize o canvas para estruturar as suas ideias. Ótimo trabalho.

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